01 Lechú Neranená
02 Mizmor LeDavid Havu La Hashem
03 Bame Mandliquim
04 Lecha Dodi
05 Ishakkeni
06 Mizmor Shir Leiom Ha Shabat
07 Hashem Malach
08 Shemea
09 Raú Vaanim
10 Hashquivenu
11 Veshameru
12 Kadish
13 Iom Hashishi
14 Mizmor Le David Hashem Roí
15 Alenu Le Shabeach
16 Igdal
17 Shalom Halechem
18 Kidush
19 Eshet Hail
20 Shir Hamaalot
21 Bemdigamos
A história deste CD começa há 5765 anos, quando D’us nos deu o Shabat. Ao completar a Criação, Ele deu como presente ao ser humano o sétimo dia, o “Dia Sagrado”, para descanso, meditação, alegrias, prazeres material e espiritual. Sempre que nos reunimos para o Kabalat Shabat - o início do shabat, as boas-vindas, as entradas - a fim de cantarmos e agradecermos este presente, recordamos melodias que viajaram por séculos através de oracões e de Salmos prescritos por nossos Eruditos, Membros da Grande Assembléia, Sábios da Torá.
É sabido e testimunhado pelo mundo inteiro que, após a proposta divina a todos os povos, a Torá foi dada, escrita e oralmente, por D’us para o povo de Israel que, apesar de todas as perseguições e dificuldades sofridas, espalhou-se pelos continentes e perpetuou-se através da História.
Os cânticos aqui reunidos têm sua origem nos ritos judáico-marroquinos, principalmente aqueles provenientes de Tanger, de ancestralidade milenar. Podemos perceber, dentro de cada desenho musical, o “tempero” e a esperança do retorno a Israel, nossa terra prometida, a vinda do Mashiach e a construção do terceiro Beth Hamikdash.
As faixas que seguem respeitam a seqüência natural da Tefilá (a reza, propriamente dita), porém, de forma alguma, constituem uma compilação ordinária. O arvit de Kabalat Shabat dá ordem e sentido a um ritual sagrado de recebimento, em que somos anfitriões orgulhosos desse convidado tão especial, como uma noiva chamada Shabat, cujos noivos somos nós, o povo judeu.
Durante o shabat, não é permitido que se toquem instrumentos musicais devido às Leis da Torá. Este, portanto, é um registro de estúdio que reproduz a condução sefaradi-marroquina com arranjos e possibilidades musicais que não podemos tocar, em uma sinagoga, durante Shabat ou feriados judáicos. (dias de Yom Tov).
Curioso notar, por um lado, como 500 anos de América do Sul passam praticamente despercebidos por esta cultura; por outro lado, muitas das melodias que compõem o cancioneiro judáico-marroquino, religioso e folclórico, tiveram como garantia de longevidade apenas a transmissão oral e remontam a tempos milenares.
Nós, da União Israelita shel Guemilut Hassadim, desejamos a todos que desfrutem desta bela herança e que ela sirva para abreviar-nos o Galut (o exílio), e para aproximar-nos da Gueulá (a redencão com a vinda do Mashiach). Assim, esperamos, não tardará para que nos alcancemos, ainda em nossos dias, um mundo pleno de paz.
Sérgio Benchimol
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